Não posso mais ser sua cartomante.
Acho que é hora de me reintroduzir, mas, isso não é um adeus, é mais uma transformação.
As coisas definitivamente não serão como antes. Primeiro, porque não podem ser iguais, e segundo, porque não quero que sejam. Vou direto ao ponto: não sou mais sua cartomante.
Foram sete anos me dedicando a essa profissão, e percebi que não tenho mais energia para continuar. Recentemente, vi um tweet sobre trabalhar com o que amamos e acabar odiando.
Comentei: "Comecei a fazer o que amava e quase morri".
Nos últimos quatro anos, enfrentei cinco esgotamentos, crises depressivas e problemas de saúde que me fizeram perceber que não conseguiria continuar nesse ritmo, mesmo amando o que fazia.
Nunca tive a intenção de ser uma influenciadora, mas, sempre me considerei uma criadora de conteúdo. Influenciar parece ser algo grandioso. E entre muitas discussões sobre o cuidado que temos em querer salvar os outros, acabei me tornando essa salvadora para pessoas que se tornaram queridas para mim ao longo do tempo.
Porém, assumir esse papel me fez perceber que estava me sobrecarregando, preocupada demais com os outros e esquecendo de mim mesma.
Agora, estou voltando para minha área de formação com tranquilidade no coração. Não é um movimento feito no desespero como nos anos anteriores, quando voltei por necessidade financeira. Volto com calma, com serenidade, sendo a Pamela que era antes: redatora e gestora de negócios da moda. Volto com uma visão madura aos 31 anos, entendendo que após o retorno de Saturno, nossas prioridades mudam.
Estou feliz com essa decisão.
Não estou deixando de ser uma bruxa, porque isso é algo intrínseco a mim, assim como a espiritualidade. Agora, ela faz parte da minha rotina, como sempre foi antes de me tornar uma cartomante. E, claro, dentro dessas novas prioridades, quero falar sobre prazer. (Estou até fazendo uma pós-graduação em sexologia).
Não posso mais ser sua cartomante, mas, agradeço a cada pessoa que cruzou meu caminho durante essa jornada divina!
As mensagens continuarão chegando até vocês, talvez apenas precisem ser entendidas, sentidas e observadas com mais delicadeza para serem aplicadas no seu caminho.
Sabe aquele momento em que estamos apredendo a andar de bicicleta com a ajuda de alguém que amamos, e ela vai nos soltando para que a gente possa andar sozinha? Pois então…
Entendeu?