Recentemente tenho pensado muito na mania que a pessoa resolutiva tem de querer mudar o seu entorno. Tenho observado como, constantemente, as pessoas disfarçam seus "faça como eu faria" de conselhos. É aquele papo que, no fundo, carrega uma tentativa de controle. E dá para entender: fomos ensinados assim, a ter tudo sob controle, a organizar o caos ao nosso redor.
Atendo muitas consulentes, lido com o público diariamente, e percebo o quanto a gente tem essa tendência de querer que tudo e todos ao nosso redor mudem para se encaixar no que achamos ideal.
Parece até natural pensar: "eu queria que as coisas fossem diferentes" ou "fulano podia ser de outro jeito". Só que, será que esse foco no outro não é um desvio da real questão? O quanto estamos dispostos a nos encarar, a reconhecer que, muitas vezes, somos nós que precisamos mudar?
A verdade é que querer controle sobre o que está fora é um reflexo direto da nossa dificuldade em lidar com o que está dentro.
É mais fácil querer que o mundo se ajuste ao nosso gosto do que olhar para dentro e admitir: "o que EU posso fazer para transformar essa situação?". É desconfortável, mas necessário. Mudar o mundo, ou pelo menos o nosso mundo, começa sempre pela gente.
Então, fica a pergunta: o que você está fazendo para mudar?
Ribeiro, realmente, escolher a mudança para algumas pessoas é assustador, seguir esse processo é muito mais, inseguro, bombeante, é muito mais fácil pedir que o outro mude, do que escolher tomar essa atitude, como egoísta é essa atitude, mas desesperada, lindo texto♥️♥️